domingo, 22 de janeiro de 2012

Rede de Convivência Local

Retomo o blog como um exercício para retomar o "sonho" do bairro dos sonhos, motivado pelo curso do projeto Boa Praça em São Paulo -  http://boapraca.wordpress.com/
25 pessoas de São Paulo, tirando eu de Valinhos e Marina de Atibaia (acho).
O curso iniciou com a dimensão Coletiva, tendo ainda outras 4 dimensões: participação democrática, visão do território, perspectiva ambiental e ação transformadora, nos próximos 3 sábados.
logo na início do primeiro "café mundo" auxiliado pela Ana tive um primeiro "clarão": Comece pelas pessoas.
Quando comecei o projeto aqui no jd pacaembu, expus o meu sonho, mas não busquei as pessoas. Agora penso que primeiro vem o humano, as pessoas, as relações, estabelecer um contato com elas. Quem eu conheço? quem me conhece? Criar uma relação... Também penso que não preciso ir longe, na minha rua, no meu prédio é onde começam os relacionamentos... na padaria do japonês, na frutaria, no mercadinho, na praça, nos espaços de convivência que já existem, como a churrasqueira... o projeto Boa Praça começou com um grupo organizando um pique nique comunitário que virou mensal e com eles as reuniões semanais que deram origem ao projeto.

Após a exposição do projeto Boa Praça, iniciamos um "café mundo" possibilitando que em cada mesa criasse um diálogo com poucas pessoas e a cada rodada mudássemos conhecendo outras pessoas e idéias. Uma ótima dinâmica para grupos de qualquer tamanho.

A primeira pergunta do "café": O que uma rede de convivência poderia oferecer para mim, para meu bairro, para a cidade?
A realização do sonho, aumentar as possibilidades de convivência, criar vínculos, possibilitar trocas, segurança mútua, ajuda mútua, solidariedade, possibilidades, amizades, encontros, espírito de comunidade, espírito ecológico, relações com o poder público no bairro, criar espaços acolhedores, humanizar a rua, o bairro, a cidade...
Para isso surgem as perguntas? Quem sou eu no meu bairro? quem são meus vizinhos? quem são as pessoas que me conhecem e que eu conheço?

A 2º pergunta?  o que faria com que eu me sentisse parte de uma rede de convivência? o que eu busco nela?

A 3ª pergunta: De que forma que eu gostaria de contribuir com essa rede?
Como é a rede de convivência do meu sonho e das pessoas?

As perguntas fizeram parte do contexto do curso e foram sintetizadas numa assembleía ao final com a participação de todos. 
minha contribuição foi que meu sonho pode esbarrar nos sonhos de vizinhos e juntos construirmos um sonho coletivo... relembrando Raul; "sonho que se sonha só é somente um sonho que se sonha só, sonho que se sonha junto é realidade".

Compartilhamos a colheita final de idéias com todos e peguei um livro na biblioteca comunitária criada no início do evento. uma cartilha; conheça seu vizinho. Coloco aqui algumas perguntas que estou me fazendo após a leitura:
1. Quantas pessoas eu já encontrei no bairro?
2. Quantas pessoas eu conheço pelo nome no bairro?
3. Onde moram essas pessoas?
4. O que eu conheço delas (habilidades, pensamentos, o que gostam, o que fazem...)?
5. Quantas pessoas me conhecem da mesma forma?
Acho que isso é o início de tudo. Eu estive equivocado tentando levar um sonho meu, um projeto meu, uma coisa para as pessoas, sem antes saber nem quem são elas.

A praça Amadeus Decome

Rua Cerro Corá

Intervenções dos moradores



Parecia estar fora de São Paulo

algumas árvores mortas, lixo e sujeira...



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